Não Existe Investimento Sem Risco
Todo ativo financeiro possui riscos inerentes, que podem ser divididos em três grandes categorias:
1. Riscos do próprio ativo
Ações: Uma empresa pode falir.
Fundos Imobiliários (FIIs): Um fundo pode quebrar.
Certificados de Depósito Bancário (CDBs): O emissor pode entrar em falência.
Títulos como LCs, CRIs, CRAs e debêntures: Existe o risco de calote.
Tesouro Direto: Apesar de o Brasil nunca ter dado calote, isso não é algo impossível – casos como o da Argentina servem de alerta.
Criptomoedas: Podem perder valor abruptamente, desaparecer ou enfrentar quedas sem explicação.
Poupança: O governo pode congelá-la novamente, como aconteceu no início dos anos 90.
2. Riscos da classe de ativos
Ações: Empresas podem abandonar a bolsa em massa.
FIIs: Regras contábeis podem mudar, como no caso do MXRF11.
CDBs: Mudanças no FGC ou tributação podem afetar o retorno.
3. Riscos macroeconômicos
Investir apenas em um país também traz vulnerabilidades como:
Crises econômicas locais.
Instabilidade política.
Reformas e novas leis desfavoráveis.
Em casos extremos, estados de exceção.
Vale lembrar: o fato de algo nunca ter ocorrido não elimina o risco de que venha a acontecer no futuro. Da mesma forma, a ocorrência passada não garante que se repita.
A Diversificação Como Melhor Defesa
Nós, humanos, não temos o dom de prever o futuro. Por mais inteligente que seja um especialista, ele pode acertar alguns cenários, mas jamais todos. Por isso, a diversificação é essencial para:
Reduzir as chances de perda total em caso de problemas com uma classe de ativos.
Participar dos ganhos caso alguma classe de ativos se destaque.
A Meia-Verdade Sobre a Diversificação
Diversificar pode diminuir o retorno se feito de forma desorganizada, sem critérios. Por outro lado, uma diversificação bem planejada protege contra a ruína e aumenta as chances de sucesso.
Estratégia Barbell: Um Equilíbrio Eficiente
No MoneyPlay, acreditamos na estratégia Barbell:
Exposição segura (grande parte do capital):
Tesouro Selic para objetivos de curto prazo.
Tesouro IPCA+ para objetivos de longo prazo.
Exposição de risco (10% a 30% do capital):
Ações.
Derivativos.
Criptomoedas.
Evitar ativos de risco médio:
Risco e retorno moderados geralmente não compensam.
Para quem já acumulou um bom patrimônio, diversificar em mercados internacionais, como os EUA, é uma excelente ideia.
Conclusão
Não se deixe seduzir pela promessa de ganhos fáceis ao investir 100% em um único ativo. Histórias de sucesso com Bitcoin são atraentes, mas muitas pessoas perderam fortunas em NFTs, memecoins, Americanas, IRB Brasil, entre outros.
E nunca esqueça as lições do passado: o congelamento da poupança no Brasil é um exemplo de como o inesperado pode acontecer.
Diversificar com critério protege contra a ruína e aumenta suas chances de sucesso financeiro. Afinal, investir bem é investir com sabedoria.
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