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Por que investir em EMPRESAS que NÃO PAGAM DIVIDENDOS pode ser mais lucrativo? 💡📈
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Por que investir em EMPRESAS que NÃO PAGAM DIVIDENDOS pode ser mais lucrativo? 💡📈

Nos últimos anos, a busca por dividendos tornou-se um dos objetivos principais de muitos investidores brasileiros. A ideia de construir uma renda passiva, receber proventos sem precisar trabalhar diretamente por eles, atrai uma legião de pessoas ao mercado financeiro. Mas será que priorizar apenas empresas boas pagadoras de dividendos é sempre a melhor estratégia? Há quem diga que focar exclusivamente nisso pode limitar o potencial de crescimento da sua carteira.

Neste artigo, vamos explorar por que investir em empresas que não pagam dividendos, ou pagam muito pouco, pode ser uma abordagem tão ou mais vantajosa para quem busca retorno no longo prazo.

Entendendo a renda passiva e o papel dos dividendos

O conceito de renda passiva está diretamente associado aos dividendos. Afinal, eles representam a parcela dos lucros que uma empresa distribui aos acionistas. Contudo, para atingir uma renda passiva significativa, é preciso ter um patrimônio considerável.

A construção desse patrimônio demanda tempo e uma estratégia bem estruturada. Aqui entram dois pontos importantes:

  • Reinvestir os dividendos recebidos.

  • Continuar aportando regularmente nos investimentos.

Isso significa que mesmo com um foco em dividendos, você estará dependente de trabalho ativo e aportes regulares para fazer sua carteira crescer ao longo dos anos.

Os desafios da estratégia baseada em dividendos

Embora a estratégia de dividendos tenha seus méritos, há armadilhas comuns que investidores precisam evitar:

  • Escolher empresas apenas pelo Dividend Yield (DY).

  • Ignorar o crescimento dos dividendos ao longo do tempo.

  • Concentrar a carteira em setores tradicionais, como bancos e energia, negligenciando diversificação.

  • Reinvestir dividendos sem analisar se a empresa ainda é atrativa.

  • Focar excessivamente no curto prazo e não no crescimento do patrimônio.

Esses erros podem comprometer o desempenho da carteira e levar a resultados aquém do esperado.

O potencial das empresas que não pagam dividendos

No Brasil, a maioria das empresas distribui parte de seus lucros como dividendos, mas aquelas que pagam pouco ou nada não devem ser ignoradas. Aqui está o motivo:

1. Reinvestimento no crescimento

Empresas que retêm seus lucros muitas vezes reinvestem no próprio negócio, acelerando o crescimento. Grandes investidores, como Warren Buffett, defendem que gestores qualificados podem alocar recursos de forma mais eficiente do que os próprios acionistas. Isso gera valor no longo prazo, refletindo em uma valorização maior das ações.

2. Empresas em fase de crescimento acelerado

Negócios que estão expandindo rapidamente, como empresas de tecnologia ou setores inovadores, frequentemente precisam de capital para financiar seu crescimento. Nessas situações, sacrificar dividendos em prol de reinvestimentos pode resultar em ganhos exponenciais no futuro.

3. Vantagem fiscal

Nos EUA, dividendos são tributados, enquanto no Brasil ainda são isentos de impostos. Apesar disso, ações de empresas que não pagam dividendos evitam a realização de ganhos, adiando impostos sobre ganhos de capital até a venda das ações.

4. Resiliência financeira

Empresas que mantêm lucros em caixa possuem maior flexibilidade em tempos de crise. Um exemplo é a Ambev, que possui um caixa robusto e um payout baixo, o que a ajuda a enfrentar momentos de instabilidade econômica.

5. Potencial de valorização

Empresas que retêm lucros frequentemente são subvalorizadas por investidores que buscam dividendos imediatos. Isso pode gerar oportunidades de compra de ações com grande potencial de crescimento a preços atrativos.

O foco no retorno total

Para muitos investidores de sucesso, o foco não está nos dividendos, mas no retorno total. Isso inclui:

  • Valorização das ações.

  • Juros sobre investimentos em renda fixa.

  • Reinvestimento de rendimentos.

Essa abordagem permite que você construa um patrimônio sólido durante a fase de acumulação, gerando maior renda passiva no futuro. Um exemplo clássico é a comparação entre a WEG e a Taesa: embora a WEG tenha um DY mais baixo, seu crescimento nos últimos 10 anos resultou em um Yield on Cost maior para quem investiu no longo prazo.

Conclusão

Embora dividendos sejam atraentes, eles não devem ser o único critério na escolha de uma empresa para investir. Negócios que reinvestem no próprio crescimento podem oferecer retornos muito superiores no longo prazo. Por isso, é fundamental diversificar sua carteira e adotar uma estratégia que priorize o crescimento patrimonial.

Se você busca orientação para montar uma carteira de investimentos equilibrada, o MoneyPlay Pro oferece cursos, análises e suporte personalizado. Lembre-se: no início, o foco deve estar em criar um patrimônio robusto. Assim, no futuro, os dividendos virão como consequência natural do seu sucesso financeiro.

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